No vasto mundo do cinema, o documentário ocupa hoje um lugar próprio, progressivamente merecedor de maior reconhecimento quer do ponto de vista artístico, quer como documento. Os filmes colocam-nos, de facto, frente a uma apresentação do real resultante da inevitável seleção operada por um realizador. É uma face, mais ou menos visível, de um quotidiano próximo ou longínquo que frequentemente nos escapa em muitas das suas dinâmicas, trazidas até nós a partir de uma narrativa mais ou menos ficcionada construída pela câmara e pelo olhar de quem a maneja.
Encerram, por isso, um grande interesse não só de um ponto de vista cultural, mas também como potenciadores de interculturalidade. Aí assenta a atenção que o IPOR vem dirigindo ao documentário desde a I edição desta mostra, que reúne 8 filmes exibidos e, vários deles, premiados na competição portuguesa do Festival Internacional Doclisboa, e 5 obras realizadas em Macau e tendo aqui o seu enfoque.
Voltam a estar presentes os filmes vencedores da edição de 2015 do Sound and Image Challenge e do European Union Short-Film Challenge, programa que connosco apoia a vinda a Macau de Miguel Seabra Lopes, realizador do premiado Talvez Deserto Talvez Universo, para se juntar a nomes como Lina Ferreira (em representação de Filipa Queiroz), Catarina Cortesão, Tomé Quadros, Tracy Choi, Grace Kou, Shirley Cheong e Chao Koi Wang e com eles (e com alunos de instituições locais) partilhar experiências.
O nosso agradecimento ao Instituto Cultural, à Associação pelo Documentário – APORDOC, ao Programa Académico da União Europeia na UMAC pelos apoios concedidos, e à Creative Macau, à Inner Harbour Films e ao Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, em cujo auditório decorrem as sessões.
Programa: http://ipor.mo/wp-content/uploads/2016/11/Doclisboa15-EM-prog.pdf