De 30 de Outubro a 4 de Novembro, o IPOR organiza a V edição da Extensão a Macau do DocLisboa, durante a qual serão exibidas 9 obras de realizadores portugueses apresentadas no decurso do XIV Festival Internacional de Cinema Doclisboa, a que, no âmbito da colaboração com o Programa Académico da União Europeia em Macau, a Creative Macau e a Inner Harbour, se juntam 4 filmes produzidos em Macau.
A sessão inaugural da mostra está marcada para dia 30, cabendo as honras de abertura a Crash, filme de Hong Heng Fai, que recebeu a distinção de Best local Entry no Sound and Image Challenge de 2016, Outlander, de Lam Sin Tong, Jiang Minling, Kwok Fu Wa, The Real Beauty Be Yourself, de Cory Chio, Sandra Mo, Tania Tan, Betty Tam (vencedor e co-vencedor do Short Film Challenge do EUAP-M) e Layla e Lancelot, da portuguesa Joana Linda.
Ama-San, o filme de Cláudia Varejão, que arrebatou o Prémio Íngreme para o Melhor filme da Secção de Competição Portuguesa do Doclisboa (e que vem recolhendo prémios em vários certames internacionais), é exibido no dia 31, levando-nos ao quotidiano de 3 mulheres que, há 30 anos, fazem pesca de mergulho juntas numa pequena vila piscatória da Península de Shima, num retrato único de uma tradição que, atendendo à média de idades das mulheres desta comunidade que ainda mantém esta prática milenar (entre 50 e 85 anos), se antecipa em extinção.
Presentes nesta edição estão ainda filmes de Luciana Fina, Marília Rocha, Bruno Ferreira, Celso Rosa, Kate Saragaço-Gomes e Ana Isabel Freitas. O fecho desta mostra de cinema documental, no dia 4 de Novembro, cabe ao conhecido realizador português Edgar Pêra (O Espectador Espantado) e a dois realizadores que, em Macau, têm desenvolvido muito trabalho nesta área do cinema. Em Macau, Music Box, Catarina Cortesão Terra e Tomé Quadros retratam a atmosfera desta cidade multicultural através da música e da memória sonora que cada comunidade constrói na sua vivência em Macau.
A extensão a Macau do Doclisboa é uma iniciativa do IPOR que tem contado, desde a primeira edição, com o apoio do Instituto Cultural da RAEM e a colaboração da APORDOC, tendo como objetivo primeiro proporcionar ao público um conhecimento sobre as propostas e as linguagens que marcam o cinema documental contemporâneo, em Portugal e em Macau, colocando, deste modo, em diálogo expressões artísticas oriundas destes dois contextos.
As sessões, com entrada livre, têm início às 18h30 no auditório Dr. Stanley Ho, com o apoio do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong. No sábado, dia 4, são feitas duas sessões, com início às 17h00 e 18h30.
Programa completo: http://ipor.mo/wp-content/uploads/2017/10/docLx16_prog_web.pdf
